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terça-feira, 8 de abril de 2014

Palhaços fazem passeata em homenagem a Piolin em São Paulo

por Guilherme Bryan, especial para a Rede Brasil Atual publicado 14/12/2012 15:57



Dezenas de palhaços se reunirão, caracterizados e com seus malabares, monociclos e outros adereços cômicos, na terça-feira (18) para uma passeata que terminará com a inauguração da nova rua Piolin, no local conhecido como Beco do Piolin, no Largo do Paissandu, centro de São Paulo, e que até agora tinha o nome Rua Abelardo Pinto. O evento foi carinhosamente batizado de “palhasseata” e sairá da Galeria Olido em direção à rua 24 de maio.
Abelardo Pinto é o nome real do palhaço Piolin. Ele nasceu em 1887, no Circo Americano, em Ribeirão Preto (SP) e chegou a ser chamado de "o maior palhaço do mundo". Além da criatividade cômica, ele também tinha muita habilidade como ginasta e equilibrista. Foi reconhecido como exemplo de artista genuinamente brasileiro e popular pelos intelectuais e artistas presentes na Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922. Abelardo, o Piolin, viveu até 1973.

SELO DOS CORREIOS HOMENAGEIA PIOLIN

 
Nesta emissão os Correios prestam uma homenagem ao Circo brasileiro, enfatizando a vida de um dos maiores palhaços brasileiros de todos os tempos, o Palhaço Pioíin, cujo centenário de nascimento ocorreu em 1997. Também se faz referência à Escola Nacional de Circo, fundada em 1982, que comemorou em 1997 seus 15 anos de existência. Graças a ela, jovens de todas as classes sociais têm a possibilidade de aprender as técnicas e os segredos desta arte milenar.

PALHAÇO PIOLIN
Filho de Galdino Pinto e Clotilde Farnesi, Abelardo Pinto (co­nhecido como Piolin) nasceu em Ribeirão Preto/SP em 27 de mar­ço de 1897, no Circo Americano de propriedade de seu pai.
Piolin, um dos mais queridos palhaços brasileiros, foi reco­nhecido pelos intelectuais da Semana de Arte Moderna, movimen­to artístico e literário realizado em fevereiro de 1922, como exem­plo de artista genuinamente brasileiro e popular. Na data de seu nascimento comemora-se, no Brasil, o Dia do Circo.
Como todo artista de família tradicional circense, o jovem Abelardo aprendeu acrobacia, ciclismo, contorção e estudou músi­ca tocava violino e bandolim. O circo de seu pai contava com uma das melhores trupes de todos os tempos.
Piolin herda o circo do pai e com seus sobrinhos e filhos man­tém, no largo do Paissandú, em São Paulo, por mais de 30 anos, o Circo Piolin”.
O nome Piolin surgiu durante um espetáculo beneficente em que contracenava com artistas espanhóis. Foi batizado de “Piolin” (barbante) por ser magro e ter as pernas compridas.
Faleceu em São Paulo, no dia 4 de setembro de 1973.

ESCOLA NACIONAL DE CIRCO
O circo brasileiro hoje é forte e de qualidade. Temos mais de 2.000 circos espalhados por todo o território nacional, e destes, pelo menos 80 estão entre grandes e médios, com trapézios de vôos, animais e grande elenco.
Hoje, as escolas e os projetos que repassam as técnicas circenses se multiplicam no Brasil. Desde a criação da pioneira “Piolin” em 1980 em São Paulo, e depois com a bem sucedida “Escola Nacional de Circo” no Rio de Janeiro (fundada em 1982), jovens de todas as classes sociais têm a possibilidade de apren­der as técnicas e os segredos desta arte milenar. Formados, eles vão trabalhar nos circos brasileiros ou no exterior, ou formam gru­pos que se apresentam em teatros, ginásios e praças.
Modernos e ousados, eles trazem um novo público jovem e urbano, que gosta de rock e capoeira e lota as apresentaçóes da pioneira Intrépida Trupe; dos Acrobáticos Frateili; das Aerodianas; dos Paralapatôes, Patifes e Paspaihóes; da Nau de caros; do Teatro de Anônimo; dos Irmãos Brothers, entre tantas outras tru­pes que vão abalar no ano 2000.
O circo vive e, como toda vida, se transforma e se renova. Sempre.

ALICE VIVEIROS DE CASTRO Técnico de Artes Cênicas Pesquisadora e Professora da Escola Nacional de Circo

segunda-feira, 31 de março de 2014

Livro Homenageia o Palhaço Piolin (Abelardo Pinto)


Tive o prazer de conhecer pessoalmente a autora, Jair Yanni, uma pessoa maravilhosa que dedicou-se muito para a produção do livro: Piolin, a trajetória iluminada do maior palhaço brasileiro, que traz muita informação de qualidade, pesquisa, poesia, imagens e  ótimas ilustrações. Além de ser um ótimo material de referência para quem se interessa no assunto, também é um ótimo exemplar para presentear ou compor um acervo bibliográfico.

Pode ser adquirido em:
http://www.skoob.com.br/livro/283103-piolin

Pesquisa - Palhaço Piolin - AbelardoPinto

Este texto é parte integrante de um projeto de pesquisa desenvolvido em 1997 por Luiz Rodrigues Monteiro Júnior sobre a história dos palhaços brasileiros, através de Bolsa de Pesquisa do Prêmio Estímulo "Memória da Atividade Circense no Brasil", e publicado pelo DACH – Departamento de Artes e Ciências Humanas da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
Um breve relato sobre a vida de Abelardo Pinto: “Mestre Piolim”.
Seu pai Galdino Pinto, circense brasileiro, nasceu no interior do estado de São Paulo, de pais fazendeiros. Estudou na cidade de Rezende no Rio de Janeiro, e foi nesta cidade, durante um espetáculo circense que assistiu, que se apaixonou por uma atriz. O resultado é que acabou por ir embora com o circo, tornando-se mais tarde ele próprio um homem de circo. Tornou-se proprietário do Circo Americano, onde teve início sua dinastia.
A dinastia Galdino Pinto tem como seu membro mais ilustre seu filho Abelardo Pinto, o famoso Palhaço Piolim. Nasceu em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo em 27 de março de 1897.
Abelardo Pinto viveu sua infância dentro do circo, envolvido nas mais diferentes atividades. Seu treinamento teve início desde muito cedo, e aprendeu as modalidades de ciclista, saltador, casaca de ferro, acrobata e contorcionista, tendo se destacado nesta última enquanto criança. Aos oitos anos de idade apresentava-se no circo de seu pai como “o menor contorcionista do mundo”. Mesmo obtendo sucesso, o menino Abelardo não gostava de suas exibições, como revela mais tarde em seu depoimento ao Museu da Imagem  e do Som: “Com oito anos fazia um contorcionismo primário, que só criança pode fazer”.
Em entrevista dada ao Jornal Folha de São Paulo em 1957, diz:
Não fui como os outros meninos, que entravam no circo por baixo do pano. Nasci dentro dele e levava uma vida que causava inveja aos outros garotos. Eu, do meu lado, tinha inveja deles. Eles tinham uma casa, tinham seus brinquedos comuns e podiam ir diariamente à escola. Eu começava a freqüentar um colégio e o circo se transferia. Lá ficava eu sem escola”.*
Revela ainda ao mesmo jornal que seu sonho era ser engenheiro, queria construir casas, pontes, estradas e castelos. Construiu apenas castelos de sonhos de muita gente. “Sou, de qualquer maneira, um engenheiro e estou feliz com isso.”**

           O circo Americano estava sem seu principal numero: o palhaço havia ido embora. Então. O Sr. Galdino Pinto foi a São Paulo com o intuito de tentar conseguir um substituto. O filho Abelardo, diante dessa situação, resolveu assumir a profissão de palhaço e sobre essa decisão revela mais tarde – “Pensei: se ele fez, eu também posso fazer palhaçadas”.***
A partir deste momento, o Circo Americano adquire um artista que seria, mais tarde, aclamado como “O Imperador do Riso”.
O “Palhaço Piolim” – apelido dado por uns artistas espanhóis que, ao verem o pequeno trabalhador Abelardo, diziam que ele parecia um “piolim” (barbante muito fino) – surgiu em 1918. Uma outra versão da história, contada pelo Jornal Folha de São Paulo, diz que o apelido foi devido a um favor que Abelardo fez ao um cômico e músico violinista espanhol que se apresentou com ele em um espetáculo beneficente da Cruz Vermelha: a corda do violino do espanhol quebrou-se em cena e Abelardo correu para o camarim e trocou a corda quebrada, substituindo-a por uma de seu próprio violino.
       * Jornal Folha de São Paulo, 1957.
       ** op. cit.
       *** Depoimento ao MIS, 1970.
O espanhol, agradecido olhou para Abelardo e disse que ele se parecia um “piolim” (nome dado às cordas do violino). O menino aceitou o apelido e passou a ser chamado por ele.  E seria com este apelido que, mais tarde, seria aclamado como um artista de grande importância na cena circense brasileira.
Circo Irmãos Rocha, que havia convidado o Palhaço Chicharrão para uma temporada, mas o artista estava envolvido com um contrato no Rio de Janeiro e não poderia aceitar o convite. Convidaram então o Piolim, que acabou assumindo o papel do palhaço excêntrico e enfrentando o público paulistano pela primeira vez e com muito sucesso. Em depoimento ao MIS, Piolim diz que Chicharrão foi um mestre para ele.
Uma característica do Mestre Piolim era o bom humor nas suas esquetes, segundo Maria Augusta da Fonseca:
“O ponto alto da verve gestual histriônica dos entremezes brincalhões, parece convergir, no Brasil dos anos 20, para a genialidade do Palhaço Piolim, a quem os modernistas de São Paulo prestigiaram e por quem tinham grande admiração”.*
E destaca ainda a importância do circo que, segundo ela,
“(...) não se resumia em fatos corriqueiros e de momento, mas se realizava no caráter social e estético, na criatividade e, principalmente, na figura do palhaço criada por Abelardo Pinto – Piolim”. **
Na sua visão crítica, a genialidade de Piolim estava também na criação de um tipo psicológico universal e ao mesmo tempo caracteristicamente brasileiro:
“A comicidade de Piolim evoca na gente uma entidade, um ser. E de tanto maior importância social que esta entidade converge para esse tipo psicológico geral e universalmente contemporânea do ser abúlico, do ser sem nenhum caráter predeterminado e fixo, do ser ‘vai na onda’.***
* Maria Augusta da FONSECA. Palhaços da Burguesia. p.31
** op. cit.p.35
*** op. cit. p.35
Sérgio Millet aponta, numa crônica transcrita no livro de Alexandre Eulálio, que o francês Blaise Cendrars, amigo de Paulo Prado, foi quem descobriu Piolim: “Cendrars freqüentou o grupo da Semana de Arte Moderna, descobriu Piolim: o maior palhaço do Brasil”.*
Menotti Del Pichia, falando de Piolim, comenta:
               “Sua glória nasceu no picadeiro. O picadeiro é a crítica no palco democrático, isto é, a sagração plebiscitária das mais heterogêneas multidões. A arte teatral brasileira deve surgir daí, desse concurso de eleição onde vota o soldado, a criança, a cozinheira, o deputado, o escritor, o plutocrata”.**
O cidadão Abelardo Pinto, “Sr. Piolim” revelou na longa caminhada de construção de sua obra, a habilidade autêntica de um comunicador. Em seus textos de cena (piadas), revelava ao público os traços de sua cultura e seus costumes do cotidiano. Satirizava os conceitos sociais impregnados na vida das pessoas. Construía um mundo a sua volta e este mundo percorria caminhos, mesclando-se com idéias dos indivíduos do povo. É notória sua participação no desenvolvimento intelectual e artístico de milhares de crianças e adultos brasileiros. Entre conversas e encontros com pessoas do circo, vislumbramos uma compreensão da história de vida do Palhaço Piolim.
Este mestre utilizava a palavra como veículo de suas idéias. Piolim, pelo seu grande e bom senso de humor, trabalhava os seus roteiros de cena de picadeiro, incorporando piadas baseadas em circunstancias da vida do homem comum. Picardias, envolvendo as características do mundo da infância. Encenava os sofrimentos dos homens, de maneira global, satirizando a máscaras sociais menos favorecidas (mendigos, bêbados, etc).
Piolim trabalhou anos seguidos para concretizar os seus sonhos que sempre estavam baseados nos ideais de sua tradição circense, sempre pensando no repasse destas tradições e métodos para adeptos do circo.
       * Alexandre EULALIO. A Aventura Brasileira de Blaise Cendrars. Apud Maria Augusta da FONSECA.   Palhaços da Burguesia. p.31
** Menotti DEL PICHIA. O Modernismo no Brasil. Apud Maria augusta da FONSECA. Palhaços da burguesia. p. 37
Pelo seu caráter de líder e artista, junto à associação do circo do qual foi um dos incentivadores, instaurou práticas de luta pela manutenção e perpetuação da linguagem circense, chegando a ser exemplo para toda a comunidade circense, através da sistematização de suas técnicas circenses, servindo de parâmetro, até hoje, para novos aprendizes.
A história das artes brasileiras mostra o papel deste homem. A transformação que provocou na época chegou num reconhecimento nacional, quando da Semana da Arte Moderna no Brasil, em 1922.
Mestre em varias modalidades, revelou um talento especial também para a música e, como ator, realizou diversos trabalhos. Neste momento, próximo do ano 2000, é possível ainda vislumbrar os ensinamentos preconizados por ele, nas artes cênicas, nas artes plásticas e nas artes corporais, sem falar de centenas de animadores de lazer cultural de Brasil que elegem traços das características de Piolim como ponto de partida para a busca da linguagem pessoal.
No mundo do circo hoje, os novos palhaços tentam utilizar o instrumental idealizado por Piolim, mas este é um caminho que nem todos conseguem percorrer, pois este artista, como cidadão brasileiro, foi exemplo de criatividade e sensibilidade. Os seus ideais de vida estavam abrigados sob a lona do circo e nos horizontes férteis do cotidiano humano.
Desde cedo, Piolim já revelava sua capacidade de comunicador social. Foi um seguidor de suas tradições familiares, um incansável ator, sempre repensando junto ao seu público, os valores de sua época.
No ano de 1971, o Sr. Waldemar Seyssel, o Palhaço Arrelia, organizou um evento nacional e internacional*, que teve por objetivo homenagear Piolim com um “colarinho de ouro”. A vida de Piolim foi marcada por inúmeras homenagens, segundo consta nos documentos, assim como em vídeo que se encontram no Museu da Imagem e do Som de São Paulo e do arquivo do Jornal Folha de São Paulo.
* O evento foi promovido pelo Circo do Arrelia, em conjunto com a Associação dos Artistas de Espetáculos de Diversão de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo.
Piolim teve três filhos de dezesseis netos. Ele sempre dizia que ser palhaço no Brasil não era grande coisa em razão da falta de amparo.
O grande sonho de Piolim foi criar uma escola de circo. Não conseguiu ver seu desejo concretizado. Faleceu no ano de 1973, aos 76 anos. A escola foi aberta em 1978 e levou o seu nome. Quando morreu morava em um velho camarim de madeira, com pintura, roupas, onde passava o dia todo só, recordando épocas passadas no velho circo da Freguesia do Ó, onde durante muitos anos brilhou o Circo Piolim.
A CARACTERIZAÇÃO DO PALHAÇO PIOLIM
Piolim, figura lendária que por mais de cinqüenta anos reinou, com maestria, no “teatro do povo”. Sua caracterização foi sempre a mesma fisionomia, os mesmos traços físicos – vivos e sublimes. Sua indumentária era composta de um jaquetão maior do que o seu tamanho – bem exagerado, sapatos nº 84, bico largo e sua famosa bengala, que mais parecia um “anzol de pescar submarino”. Piolim, emergido de seu colarinho “impossível”, com a bengala há vinte e cinco anos, pela milésima vez repetia as velhas piadas que divertiram nossa infância. “O Namoro dos Sabiás”, cena tradicional de Piolim, um intérprete genial, sucesso há meio século, conforme acervo do Jornal Folha de São Paulo.
Pode-se dizer que a obra circense que Abelardo Pinto construiu é o seu palhaço. Em diversas pesquisas de campo, ao longo de 14 anos, nos deparamos com a figura de Piolim sendo interpretada por diversos animadores culturais. O lazer foi uma das fontes por nós, eleita para pesquisar as técnicas por ele preconizadas.
Piolim através de sua obra atingiu várias esferas do povo brasileiro: o campo da linguagem cênica, da alfabetização escolar, da televisão brasileira, da diversão para a terceira idade, dos arte-educadores atuantes na área de lazer esportivo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Ribeirão Preto Ganha praça que homenageia o Palhaço Piolin

Neste ano que passou (2013) os Ribeirão Pretanos ganharam de presente uma linda pra monumental que traz ilustrado o livro da Artista Jair Yani e presta tibuto a Abelardo Pinto, o palhaço Piolin. Encontrei esse vídeo no youtube. Enjoy

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Palhaço Piolin - O maior palhaço brasileiro é Ribeirão Pretano


A Região de Ribeirão Preto foi afetada fortemente pela revolução cultural de 1922, seus ícones mais representativos foram Cândido Portinari (artes plásticas) e Abelardo Pinto (palhaço Piolin). Logo após, em 1930, – a Inauguração do Teatro Pedro II em 8 de outubro –, diferenciou o clima político da Região do resto do país que vivia um o clima tenso da revolução oligárquica contra a República enquanto Ribeirão Preto festejava a Cultura. Neste mesmo ano o Artista Abelardo Pinto, que estava trabalhando em seu Circo em São Paulo, conquistou o reconhecimento dos intelectuais da Semana da Arte Moderna como exemplo de: artista genuinamente brasileiro e popular. O presidente Washington Luís era um de seus espectadores mais assíduos. Marinetti, o papa do Futurismo, quis levá-lo para a Itália. Blaise Cendras declarou ter descoberto "o maior palhaço do mundo". Logo adiante o fenômeno da televisão atinge de forma fulminante o circo, o teatro e outras representações artísticas. A figura do palhaço então aparece representada de outra forma, para atender os padrões da televisão e do cinema. Grandes nomes surgem na figura do palhaço: Mazzaropi traça seu estilo em cima das características do palhaço brasileiro – criando o Jeca –, logo em seguida alguns palhaços tradicionais de circo fazem seus espetáculos para televisão: Arrelia, depois Carequinha. Chega então ao Brasil o modelo do palhaço Americano, com o Bozo, que confirma a chegada da invasão cultural americana da época, logo depois a figura do palhaço seria banalizada com Ronald MacDonald já nos anos 90.
Nos dias atuais a cidade de Ribeirão Preto apesar dos esforços de famílias tradicionais circenses muito pouco se faz pela manutenção da tradição do circo e da hístória do circo teatro de Ribeirão Preto. Tradicionalmente Antenor Pimenta autor da peça de circo teatro mais apresentada na história do circo-teatro ou até do teatro, chegando a ter mais de 1.000 apresentações simultâneas no território brasileiro, conforme relatam especialistas. A cidade precisa resgatar suas memórias e a importância histórica do circo e do circo-teatro.
Hoje persistem resistem grupos como: O Grupo Fora do Sério formado em 89 na Unicamp e em Ribeirão Preto desde 93, uma escola de Circo – a Cidade do Circo –, e o Radical Circus. Sobretudo famílias que mantenham a tradição do circo e do circo teatro.
Assim, percebemos a importância para a identidade deste cidadão ribeirão pretano uma compreensão sobre estes grandes nomes que construíram e ainda não tiveram o reconhecimento devido nem no panorama brasileiro e menos ainda no seu berço esplêndido que é a nossa querida Ribeirão Preto.
Nosso circo introduz o teatro, comédia e tragédias onde o principal personagem é o palhaço, este tipo de movimentação artística teve sua fase áurea no país nos anos entre 1930 e 1950 quando famílias de toda a parte do mundo adotaram o Brasil como moradia. Hoje estima-se que existam quase 400 circos em atividade, 20 a 30 grandes, 80 médios e 250 pequenos. Num país com 27 estados e 190 milhões de habitantes e uma cultura popular muito rica, miscigenada e dinâmica faz-se muito necessário o trabalho de resgate e documentação constante da cultura e de seus representantes para que não se perca todo esse patrimônio.