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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Palhaço Piolin - O maior palhaço brasileiro é Ribeirão Pretano


A Região de Ribeirão Preto foi afetada fortemente pela revolução cultural de 1922, seus ícones mais representativos foram Cândido Portinari (artes plásticas) e Abelardo Pinto (palhaço Piolin). Logo após, em 1930, – a Inauguração do Teatro Pedro II em 8 de outubro –, diferenciou o clima político da Região do resto do país que vivia um o clima tenso da revolução oligárquica contra a República enquanto Ribeirão Preto festejava a Cultura. Neste mesmo ano o Artista Abelardo Pinto, que estava trabalhando em seu Circo em São Paulo, conquistou o reconhecimento dos intelectuais da Semana da Arte Moderna como exemplo de: artista genuinamente brasileiro e popular. O presidente Washington Luís era um de seus espectadores mais assíduos. Marinetti, o papa do Futurismo, quis levá-lo para a Itália. Blaise Cendras declarou ter descoberto "o maior palhaço do mundo". Logo adiante o fenômeno da televisão atinge de forma fulminante o circo, o teatro e outras representações artísticas. A figura do palhaço então aparece representada de outra forma, para atender os padrões da televisão e do cinema. Grandes nomes surgem na figura do palhaço: Mazzaropi traça seu estilo em cima das características do palhaço brasileiro – criando o Jeca –, logo em seguida alguns palhaços tradicionais de circo fazem seus espetáculos para televisão: Arrelia, depois Carequinha. Chega então ao Brasil o modelo do palhaço Americano, com o Bozo, que confirma a chegada da invasão cultural americana da época, logo depois a figura do palhaço seria banalizada com Ronald MacDonald já nos anos 90.
Nos dias atuais a cidade de Ribeirão Preto apesar dos esforços de famílias tradicionais circenses muito pouco se faz pela manutenção da tradição do circo e da hístória do circo teatro de Ribeirão Preto. Tradicionalmente Antenor Pimenta autor da peça de circo teatro mais apresentada na história do circo-teatro ou até do teatro, chegando a ter mais de 1.000 apresentações simultâneas no território brasileiro, conforme relatam especialistas. A cidade precisa resgatar suas memórias e a importância histórica do circo e do circo-teatro.
Hoje persistem resistem grupos como: O Grupo Fora do Sério formado em 89 na Unicamp e em Ribeirão Preto desde 93, uma escola de Circo – a Cidade do Circo –, e o Radical Circus. Sobretudo famílias que mantenham a tradição do circo e do circo teatro.
Assim, percebemos a importância para a identidade deste cidadão ribeirão pretano uma compreensão sobre estes grandes nomes que construíram e ainda não tiveram o reconhecimento devido nem no panorama brasileiro e menos ainda no seu berço esplêndido que é a nossa querida Ribeirão Preto.
Nosso circo introduz o teatro, comédia e tragédias onde o principal personagem é o palhaço, este tipo de movimentação artística teve sua fase áurea no país nos anos entre 1930 e 1950 quando famílias de toda a parte do mundo adotaram o Brasil como moradia. Hoje estima-se que existam quase 400 circos em atividade, 20 a 30 grandes, 80 médios e 250 pequenos. Num país com 27 estados e 190 milhões de habitantes e uma cultura popular muito rica, miscigenada e dinâmica faz-se muito necessário o trabalho de resgate e documentação constante da cultura e de seus representantes para que não se perca todo esse patrimônio.

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